COP21: França e China promovem aliança planetária rubro-verde
O Outro Lado

COP21: França e China promovem aliança planetária rubro-verde


Em Pequim, a França e a China combinaram promover a governança mundial na COP21
Em Pequim, a França e a China combinaram promover a governança mundial na COP21
Luis Dufaur





O presidente socialista francês François Hollande foi à China para tentar convencê-la a liderar os países emergentes que ainda hesitam em se engajar num novo tratado de governança ecológica mundial na COP21.

Pequim não hesitou em assinar uma declaração comum exigindo que a reunião planetária de dezembro em Paris conclua com um acordo obrigatório para os países assinantes.

E fez mais: anunciou solene e pomposamente que Pequim está resolvida a passar para uma economia “verde".

O presidente francês não cabia dentro de si de alegria com seu sucesso. “Eu espero que a China, a partir da declaração comum que assinamos, possa agir como nós num trabalho de diálogo, de convencimento junto a certo número de países que, como se sabe, serão determinantes para que o acordo possa ser atingido”, disse numa conferência de imprensa na capital chinesa, referida pela AFP.



No brinde do jantar de gala protocolar, o presidente Xi Jinping voltou a sorrir enigmaticamente a mais esse ocidental que acreditou em suas vaguezas verbais.

A China é recordista planetária em poluição de todos os tipos – ar, rios, lagos, mineração, etc. –, em devastação da natureza vegetal e animal, em envenenamento da população com substâncias tóxicas para consumo humano, exportação de produtos fabricados com métodos ou materiais proibidos, etc.

E sempre deixou claro que não está disposta a diminuir sua expansão mundial por causa de qualquer reclamação ecológica, nem mesmo pelo moribundo Protocolo de Kyoto.

O presidente Xi Jinping está prelibando os benefícios que tirará da COP21
Xi Jinping está prelibando os benefícios que tirará da COP21
Mas a China percebe o quanto o projeto que se discute para aprovação na COP21 pode ajudar a degradar a economia e a vitalidade dos países que ela considera rivais.

E quanto um sistema de governança planetária em nome de seus amigos verde-rubros poderá aproximar o dia da república mundial sonhada por Marx, Lênin, Mao Tsé-Tung e outros visionários do comunismo universal.

O presidente socialista francês partilha as mesmas aspirações de fundo, mas mostrou-se saltitante com o seu “trunfo”, rebaixando, aliás, a imagem de prestígio da França.

O fato é que um bom número de países em desenvolvimento, bem como da África, não querem saber das utopias e fraudes do “desenvolvimento sustentável” ou das “energias alternativas”.

Tais países não experimentam qualquer “aquecimento global”, os mares não estão subindo, e eles mal se interessam pelo gelo da Antártica, que não para de crescer, apesar dos berros da “intelligentsia” verde em congressos internacionais pomposamente reunidos por governos, ONGs e até igrejas pelos pobres.

Hollande espera que a China faça pressão econômica sobre esses países pobres para que aceitem o que não querem aceitar. Pois eles querem desenvolvimento, riqueza, indústria, tecnologia, e precisam de energia barata como a hidrelétrica e até a nuclear, vituperadas pelos ativistas verdes, que gostariam ver esses países voltarem a uma vida tribal na mata, almoçando insetos e raízes.

Xi Jingping concordou com Hollande que o acordo a ser obtido na COP21 será aprofundado a cada cinco anos. Ótimo para Pequim, que nunca respeitou nada em matéria ecológica e que verá os “ricos” e “pobres” não comunistas afundarem cada vez mais.

A equipe do presidente francês apontou como “inimigo n.º 1” aquele que já se sabia que deve ser condenado: os EUA.

É uma tradição socialista herdada do Terror da Revolução Francesa: o ci-devant e seus crimes estão julgados antes mesmo do julgamento, e a condenação é a mesma: guilhotina.

A referida fonte da delegação francesa manifestou a intenção de coligar países dos quatro cantos do globo para “arrastar os outros”. Exemplo de pais modelo para esta tarefa é Cuba, disseram.

Em Havana, transporte público ecologicamente correto
Em Havana, transporte público ecologicamente correto.
Como se sabe, a ditadura de Fidel Castro instalou um sistema “ecologicamente correto”, arruinando a imensa produção agrícola cubana, transformando suas fábricas em imensos amontoados de ferrugem e congelando a população, que fugiu quando e por onde podia.

Para as fontes francesas, Cuba poderia levar atrás de si a América Latina, onde tem influencia sobre os governos bolivarianos empenhados em arruinar seus próprios países.

Nem precisaram mencionar a presidente brasileira Dilma Rousseff, militante engajada em bloquear a expansão do Brasil e do enriquecimento de seu povo.

Ela é bem conhecida também pela sua ciência em matérias ecológica manifestada na cerimônia de lançamento dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Brasília.

Na ocasião, ao receber de um participante da Nova Zelândia uma bola de folha de bananeira, a presidente comentou esse “símbolo (a bola) da nossa evolução porque nós nos transformamos em homosapiens ou mulheres sapiens”. Cfr. Correio Braziliense.

Formas análogas de sabedoria verde serão aportadas por muitos outros participantes da COP21, mas sem trazer dano para a causa do socialismo e da utopia comuno-tribalista.





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