O Outro Lado
Refutando mito nº 1: as Cruzadas foram contra pacíficos muçulmanos que nada fizeram contra o Ocidente
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Altar em Gante, cavaleiros de Cristo, Jan van Eyck |
continuação do post anterior Não há nada de mais falso. Desde os tempos de Maomé, os muçulmanos lançaram-se à conquista do mundo cristão.
E fizeram um ótimo trabalho: após poucos séculos de incessantes conquistas, os exércitos muçulmanos tomaram todo o norte da África, o Oriente Médio, a Ásia Menor e a maior parte da Península Ibérica.
Em outras palavras: ao findar o século XI, as forças islâmicas já haviam capturado dois terços do mundo cristão.
A Palestina, terra de Jesus Cristo; o Egito, berço do monaquismo cristão; a Ásia Menor, onde São Paulo estabeleceu as primeiras comunidades cristãs.
Não conquistaram a periferia da Cristandade, mas o seu núcleo. E os impérios muçulmanos não pararam por aí: continuaram pressionando pelo leste em direção a Constantinopla, até que finalmente a tomaram e invadiram a própria Europa.
Se uma agressão não-provocada existiu, foi a muçulmana. Chegou-se a um ponto em que
só restava à Cristandade defender-se ou simplesmente sucumbir à conquista muçulmana.
A Primeira Cruzada foi convocada pelo Papa Urbano II em 1095 para atender aos apelos urgentes do Imperador bizantino de Constantinopla, Aleixo I Comneno (1081-1118).
Urbano convocou os cavaleiros cristãos para irem em socorro dos seus irmãos do Leste.
Foi uma obra de misericórdia: livrar os cristãos do Oriente de seus conquistadores muçulmanos.
Em outras palavras, as Cruzadas foram desde o início uma guerra defensiva. Toda a história das Cruzadas do Ocidente
foi a história de uma resposta à agressão muçulmana. |
Thomas F. Madden, Professor de História e Diretor do Centro de Estudos Medievais e Renascentistas na Universidade de Saint Louis, EUA |
(Autor: Thomas F. Madden. Fonte: Ignatiusinsight.com)
continua no próximo post
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