Prof. Molion (3): a falcatrua dos CFCs e da camada de ozônio pode ser precedente do “aquecimento global”
O Outro Lado

Prof. Molion (3): a falcatrua dos CFCs e da camada de ozônio pode ser precedente do “aquecimento global”


Catolicismo — O Sr. crê na idéia de que a aplicação do Protocolo de Kyoto produz efeitos no clima da Terra?

Prof. Molion — Sob o ponto de vista de efeito estufa e de aquecimento global, o Protocolo de Kyoto é inútil, assim como o serão quaisquer tentativas de reduzir as concentrações de carbono na atmosfera para “combater o efeito estufa”. Nele é proposta uma redução de 5,2% das emissões, comparadas aos níveis dos anos 1990. Estamos falando de cerca de 0,3 bilhões de toneladas de carbono por ano (GtC/a).

Para se ter uma idéia, estima-se que os fluxos naturais entre os oceanos, solos e vegetação somem cerca de 200 GtC/a. O grau de imprecisão admitido nessas estimativas, perfeitamente aceitável, é de 20%. Isso representa um total de 40 GtC/a para cima ou para baixo (80 GtC/a), 13 vezes mais do que o homem coloca na atmosfera e 270 vezes a redução proposta por Kyoto.


Catolicismo — Atualmente não se fala mais da camada de ozônio. O que ocorreu?


Prof. Molion — Com a minha idade e conhecimento dessa área, já vi ocorrer num passado próximo algo muito semelhante, utilizando exatamente a mesma “receita”: a eliminação dos compostos de clorofluorcarbono-CFCs (Protocolo de Montreal), sob a alegação de destruírem a camada de ozônio.

Em minha opinião, foi uma grande farsa, um grande golpe econômico para que as indústrias detentoras de patentes dos substitutos –– que têm suas matrizes no G7, e lá pagam impostos sobre seus lucros – explorassem os países em desenvolvimento, particularmente os tropicais (Brasil, Índia...) que precisam de refrigeração a baixo custo.

Sabe-se que a concentração de ozônio depende da atividade solar, mais especificamente da produção de radiação ultravioleta (UV). Ou seja, o ozônio não filtra a UV, e sim a UV é consumida, retirada do fluxo solar para a formação do ozônio.

O sol tem um ciclo de 90 anos. Esteve num mínimo desse ciclo nas primeiras duas décadas do século XX e apresentou um máximo em 1957/58, Ano Geofísico Internacional, quando a rede de medição das concentrações de ozônio se expandiu e os dados de ozônio passaram a ser amplamente coletados e disseminados.

A partir dos anos 1960 a atividade solar (UV) começou a diminuir, e a camada de ozônio teve suas concentrações reduzidas paulatinamente. O sol está iniciando um novo mínimo do ciclo de 90 anos, e estará com atividade baixa nos próximos 22 anos, até por volta de 2035. Nesse período a camada de ozônio atingirá seus valores mínimos desde que começou a ser monitorada. Mas, como os CFCs já foram praticamente eliminados, e a exploração econômica já foi resolvida, não se fala mais sobre o assunto.

Em princípio, o sol só voltará a um máximo, semelhante ao dos anos 1960, por volta do ano 2050. Só aí, possivelmente, é que a camada de ozônio venha atingir os mesmos níveis dos anos 1950/60. O aquecimento global antropogênico segue a mesma “receita” que eliminou os CFCs. Esses gases estáveis, não tóxicos e não-corrosivos, tinham um terrível “defeito”: não pagavam mais direitos de propriedade (“royalties”).

Hoje se vê claramente quem foram os beneficiados por tal falcatrua. Os do aquecimento global antropogênico ainda não são óbvios, mas a História dirá!


Catolicismo — O que pode ser feito para o meio ambiente?

Prof. Molion — Usar os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL): atividades humanas que reduzam a poluição (note: poluição, e não CO2!) do ar, das águas e dos solos, reflorestamento de áreas degradadas. São medidas sempre muito bem-vindas, e devem ser apoiadas. É importante não confundir conservação ambiental com mudanças climáticas. Aqueça ou esfrie, temos de conservar o ambiente.

(Fonte: “Catolicismo”, janeiro 2010)

Desejaria receber atualizações do blog "Verde: a cor nova do comunismo" gratis no meu Email



loading...

- Professor De Climatologia Da Usp Desmonta Temores Sobre Aquecimento Global, Co2 E “camada De Ozônio”
Prof. Ricardo Felício, na TV GazetaO Prof. Ricardo Felício, bacharel e mestre em meteorologia pela Universidade de São Paulo (USP) e pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), com pesquisas desenvolvidas na Antártida, onde já esteve por duas temporadas,...

- Prof. Molion Denuncia Manobras Políticas Que Manipulam A Ciência Climática
Prof. Molion denuncia manobras políticas que manipulam a ciência climática O professor Luiz Carlos Baldicero Molion, a maior autoridade brasileira em matéria de clima, empreende uma árdua e benemérita tarefa denunciando as fraudes do catastrofismo...

- Prof. Molion (5) Desfaz Falsas Acusações Contra A Pecuária
Catolicismo — Essa questão do metano está sendo muito falada. A pressão ambientalista aponta a pecuária e o desmatamento como os principais vilões no Brasil. Ambientalistas holandeses chegam a apresentar o desenho de um boi poluindo mais que quatro...

- Prof. Molion (4): O Co2 é O Gás Da Vida
Catolicismo — A elevada concentração na atmosfera de CO2 e outros gases que supostamente causam o efeito estufa não interferem na saúde humana? Prof. Molion — O principal gás de efeito estufa, se é que esse efeito existe, é o vapor d’água...

- Prof. Molion (1): Absurdo Atribuir Ao Homem O Aquecimento Climático
O professor Luiz Carlos Baldicero Molion dispensa apresentação. Formado em Física pela USP, com doutorado em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin (EUA) e pós-doutorado na Inglaterra é a mais autorizada voz brasileira em climatologia. Ex-diretor...



O Outro Lado








.