COP21 pode ser o “fracasso do ano” ou abrir a “era do fracasso da civilização”
O Outro Lado

COP21 pode ser o “fracasso do ano” ou abrir a “era do fracasso da civilização”


Na COP21, 40.000 representantes tentarão decidir o futuro do clima do planeta. E fazer uma revolução com raros precedentes históricos.
Na COP21, 40.000 representantes tentarão decidir
o futuro do clima do planeta.
E fazer uma revolução com raros precedentes históricos.
Luis Dufaur





De 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015, cerca de 40.000 pessoas bem pagas – políticos, funcionários de governos ou de órgãos internacionais, ativistas verdes radicais, lobistas, religiosos “pelos pobres” e milhares de jornalistas – chegarão a Paris procedentes de 195 nações, enchendo hotéis e aeroportos, inclusive o maior campo de pouso da Europa, exclusivo para jatos privados.

Eles farão parte de uma assembleia babilônica batizada de Convenção do Clima das Nações Unidas – Conferência das Partes, ou abreviadamente COP21.

Pelo menos 117 chefes de Estado e de governo participarão da abertura dessa conferência. Ao término da “sessão política”, a negociação visará a que o rascunho do novo acordo climático, essencialmente já escrito, receba sua redação final até 5 de dezembro. Caberá ao ministro socialista Fabius, chefe da delegação do país sede, mediar os conchavos finais.

O objetivo declarado é chegar a um acordo planetário que obrigue os países assinantes a reduzirem maciçamente suas emissões de gases estufa. A suposição é de que se poderá assim ajudar a evitar que a temperatura global da Terra aumente mais de 2º graus centígrados num século.

Dificilmente a maioria desses 40.000 participantes saberia explicar o que é um gás estufa. Mais árduo será encontrar aqueles que sabem que o principal gás estufa é o vapor de água (leiam-se as nuvens que constituem 72% desses “demônios dos ares”).



Muitas outras incongruências e ignorâncias ideologicamente enviesadas poderiam ser mencionadas. Já o temos feito largamente neste blog.

Na melhor das hipóteses, a maioria dos 40.000 eleitos apontará como vilão máximo o CO2, que constitui apenas um ínfimo 0,0385% da atmosfera terrestre, e que na era dos dinossauros chegou a ser por volta de 0,2%, produzindo uma exuberante expansão da vegetação e da vida animal.

Dificilmente a maioria desses 40.000 participantes sabe o que é um gás estufa.
Dificilmente a maioria desses 40.000 participantes sabe o que é um gás estufa.
Poucos saberão explicar que o nome do CO2 é dióxido de carbono, ou, ainda, anidrido carbônico, e que comercialmente é chamado de gás carbônico. Ainda menos poderão confirmar que é um gás neutro, inodoro, incolor, usado, por exemplo, para produzir as bolhas dos refrigerantes.

A maioria fugirá, como se fugia antes da heresia ou da lepra, se alguém lembrar que cientificamente o CO2 é essencial à vida no planeta. 

Pois é indispensável para a fotossíntese, processo pelo qual os vegetais transformam a energia solar em energia química que, por sua vez, é distribuída para todos os seres vivos por meio da teia alimentar. Este processo é vital para a manutenção dos animais e dos homens.

Sem CO2 morrem todos os seres vivos. E o CO2 nada tem a ver, nem pode tê-lo pela sua insignificância percentual, com o inexistente “aquecimento global”. Neste blog apresentamos larga evidência científica nesse sentido.

Então, o que vão fazer esses 40.000 sábios, entendidos naquilo que eles não sabem o que é?

Essa imensa assembleia de sábios de cabeças cheias de nada e vazias de tudo (onde grassam espertalhões da nova esquerda), segundo o jornal britânico “The Telegraph”, corre o mesmo risco da “assembleia mamute” de Kyoto que em 1997 tentou análogo projeto e que fracassou.

Em 2009, tentou-se o mesmo em Copenhague, sem resultado.

A enrolação do CO2 foi conduzida para um objetivo ideológico de matriz socialista avançada e sabor de luta de classes planetária. Ei-lo: os culpados a priori do nunca provado “aquecimento global” são os países “ricos”, “desenvolvidos”, que queimam combustíveis fósseis em suas fábricas, carros, e em toda espécie de aparelhos considerados símbolos do progresso e do bem-estar.

Esses são os “ruins”, que devem sofrer os mais drásticos cortes em seus padrões de vida.

Se não o quiserem, teriam de pagar, de início, 100 bilhões de dólares por ano a um Fundo Verde do Clima (Green Climate Fund), o qual se dedicará a promover projetos ambientalistas passando por cima da soberania e da independência das nações, em nome da luta contra males impalpáveis que não conhecem fronteiras.

Temores irracionais escondem uma enganosa ideologia comuno-tribalista
Temores irracionais escondem uma enganosa ideologia comuno-tribalista
Na proximidade da reunião monstro de Paris, 20 países, responsabilizados pela inquisição ambientalista de emitir 81% do CO2 global de origem humana, apresentaram suas propostas para cortar suas respectivas emissões de CO2 até 2030.

Essas Intended Nationally Determined Contributions foram meticulosamente analisadas no site Notalotofpeopleknowthat, cujas conclusões foram conferidas pela Global Warming Policy Foundation.

Ditas análises apontam uma fundamental insinceridade das propostas. Estas disfarçam o que esses países pretendem fazer, talvez para contentar a mídia e o ativismo agressivo verde. Não espanta que também pese a impossibilidade da meta que o ecologismo encharcado de esquerdismo deseja impor.

A China, por exemplo, notoriamente a maior produtora mundial de CO2 de origem humana (24% do total), na verdade vai duplicar suas emissões de CO2 até 2030, data escolhida como referência, construindo, entre outras coisas, mais 363 termoelétricas que queimarão carvão.

A Índia, o 3º maior emissor de CO2 antropogênico, planeja triplicar suas emissões até 2030.

O 4º máximo produtor de CO2 antropogênico é a Rússia. Ela fechou muitas fábricas soviéticas velhas e ultra-poluidoras, mas até 2030 planejou aumentar em 38% as emissões, tomando como base de cálculo o ano 2012.

O Japão é o 5º, proclama que vai reduzir essas emissões em 15%, mas está planejando mais termoelétricas movidas a carvão.

A Coreia do Sul é o 7º e jura reduzir as emissões do “vilão” CO2 em 23%, entre outras coisas comprando “créditos de carbono” que lhe permitirão no papel dizer que reduziu as emissões, embora na natureza nada disso tenha acontecido.

No Meio Oriente, a Arábia Saudita (8º) e o Irã (9º) nada prometem. Os Emirados Árabes Unidos, que mais do que duplicaram suas emissões desde 2002, não dão sinal de sequer falar em diminuir o “crime”.

Segundo G1, a presidente do Brasil (11º) anunciou nas sede das Nações Unidas que na COP21 “o Brasil vai assumir uma meta absoluta de redução de emissões” de gases estufa que fixou em menos 43% até 2030 , não atinando para o fato de que essa meta é irreal como respirar 43% das vezes sem exalar CO2.

Acredite quem quiser e no que quiser. Em qualquer caso, o PT não arrefecerá na luta contra os proprietários do campo e das cidades. Com ou sem CO2.

Conferência na ONU sobre as mudanças do clima com 100 chefes de Estado em 2009.
Insinceridade das promessas é ligada à inviabilidade do objetivo proposto.
Então, quais são os países que deverão cortar drasticamente as emissões do benéfico, mas diabolizado CO2, para “salvar o planeta” e evitar o “aquecimento global”?

Obama já anunciou espalhafatosamente um plano de cortes extraordinários nos EUA (2º). Mas, de acordo com “The Telegraph”, não há nenhuma chance de o Congresso aprovar o tratado que se quer passar na COP21.

O mesmo aconteceu com o frustrado Protocolo de Kyoto: o Senado disse NÃO e Kyoto ficou não valendo para a maior economia do mundo.

A única parte do planeta que se declara fervorosa em cortar suas emissões é a União Europeia, que promete 40% menos em 15 anos.

Mas a Polônia já deixou claro que recusará o que for aprovado em Paris. E encomendou a construção de mais centrais movidas com combustíveis fósseis. A Alemanha (6º) está construindo esse tipo de centrais após o tremelique antinuclear que a deixou energeticamente quase de joelhos.

A Grã-Bretanha (14º, ou 1,3% do total do CO2 de causa humana) mantém sua promessa de menos 40% de CO2 até 2030. Se conseguir, coisa a se verificar, estará tirando do ar bem menos CO2 do que a China ou a Índia já estão acrescentando todo ano.

E de onde sairão os 100 bilhões de dólares anuais para o Green Climate Fund, órgão da supergovernança ambientalista que guiará os países em desenvolvimento para se “adaptarem à mudança climática”?

As promessas até agora formuladas por escrito chegam a 700 milhões de dólares, menos de 1% do requerido. Faltam mais de 99%: nada mais e nada menos que 99,3 bilhões.

Esses dados, segundo “The Telegraph”, podem fazer da reunião de Paris de longe o mais caro e irracional episódio de terrorismo ambientalista na longa série dos absurdos ideológicos verdes.

Por isso, a COP21 pode passar para o futuro como “o fracasso do ano” de 2015!

Porém, em qualquer caso os fundamentalistas verdes voltarão à carga.Pois eles almejam levar os homens à “era do fracasso da civilização”.





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