Pequim quer uma “teologia da libertação” para desviar o cristianismo na China
O Outro Lado

Pequim quer uma “teologia da libertação” para desviar o cristianismo na China


Violências anti-religiosas não tiram a fé. Na China reforçam a resistência.
Violências anti-religiosas não tiram a fé.
Na China reforçam a resistência e multiplicam o número de fiéis.
A China quer elaborar uma “teologia cristã” compatível com a cultura chinesa e o socialismo, segundo informou ao jornal parisiense “Le Figaro” o dirigente da Administração do Estado para os Assuntos Religiosos, Wang Zuo'an.

Wang Zuo'an declarou ao jornal oficial China Daily que será construída uma “teologia cristã chinesa […] adaptada às condições nacionais”, a qual “integrará a cultura chinesa” e será “compatível com o caminho do socialismo” definido pelo Partido Comunista.

Em certo sentido, a proposta faz rir. Pois os ideólogos comunistas não precisam apertar o cérebro para excogitar esse engenho anticristão.

Ele já existe, em várias versões, e foi elaborado por teólogos, bispos e sacerdotes, vários deles hoje bem instalados em Roma. É a Teologia da Libertação.

Ela preenche ao pé da letra as condições exigidas por Wang Zuo'an e o PC chinês. Inclusive oferece um cardápio de correntes internas com diversos matizes para enganar os fiéis.


Porém, o comunismo chinês talvez não seja tão ingênuo assim. Ele pode ter detectado o desprestígio em que essa mal-afamada teologia libertária caiu há vários anos.

E convir-lhe-ia então fingir que criou uma outra, visando aos mesmos objetivos anticapitalistas e de luta de classes com ares teológicos.

O anúncio aconteceu no contexto das crescentes perseguições aos católicos que resistem ao comunismo na China e a certas denominações protestantes e ecléticas.

Como lhes tirar a fé?, perguntam governantes comunistas.  Com uma 'teologia da libertação' como no Ocidente!, respondem outros.
Como lhes tirar a fé?, perguntam governantes comunistas.
Com uma 'teologia da libertação' como no Ocidente!, respondem outros.
O dogma “cristão-comunista” oficial serviria para intensificar o enquadramento e a repressão do cristianismo, considerado o inimigo número 1 do regime socialista.

A nova teologia serviria também para aproximar o comunismo chinês das “novas teologias” – aliás bastante decrépitas – que vieram flagelando o catolicismo nas últimas décadas.

A derrubada ou a amputação de dezenas de igrejas e locais de culto, especialmente em Wenzhou, não está sendo suficiente para abafar a expansão do número dos seguidores de Jesus Cristo.

Essa expansão, segundo “Le Figaro”, causa crispação nos dirigentes chineses. Eles apelariam agora para uma reedição da “teologia” que fez com que inúmeros fiéis abandonassem a Igreja no Ocidente.





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