O Outro Lado
O clima está mudando entre os jornalistas aquecimentistas
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Lawrence Solomon, diretor executivo de Energy Probe |
Até há pouco tempo imperava um consenso jornalístico a respeito do aquecimento global. Mas agora esse consenso, feito na base do rolo compressor da propaganda, está rachando.
Em abril, o semanário talvez mais prestigioso do mundo – o britânico
The Economist – entregou os pontos e voltou atrás em seu alarmismo, escreveu Lawrence Solomon, diretor executivo de
Energy Probe, no “Finantial Post”.
The Economist reconheceu que
se “os climatólogos fossem avaliados por uma agência de risco, sua sensibilidade climática seria revista para baixo”.A revista britânica classifica agora como improváveis ou forçadas, as estimativas sobre o “aquecimento global antropogênico” emanadas de organismos como o
Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC da ONU, que outrora caíam em seu goto.
No diário londrino
“The Telegraph”, um pioneiro do jornalismo ambientalista como Geoffrey Lean assina artigo com o título “Aquecimento global: chegou a hora de dar marcha à ré com tristeza e melancolia?”
No auge de 40 anos de carreira, Lean acabou reconhecendo: “A mudança climática pode não ser tão catastrófica como sugeriam as predições mais pessimistas”, ou, por outra, as suas. Pelo contrário, acrescentou que o aquecimento aguardado pode estar abaixo do nível de perigo.
Esses dois ícones do aquecimentismo jornalístico inglês foram derrotados não por ideologias, mas pelos fatos, comentou o
“Financial Post”: “As temperaturas não aumentaram nos últimos 15 anos, escarnecendo os programas de computador que mostravam as temperaturas subindo em sincronia com o CO2”
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Alarmismo publicitário evoluiu não só com a moda mas também com a ideologia |
“Quando minhas informações mudam, eu altero minhas conclusões” dizia pragmaticamente o famoso economista John Maynard Keynes.
O mistério é que não somente as informações mudavam, mas saíam manipuladas de laboratórios com cientistas ideologicamente engajados contra o progresso. E os jornalistas especializados pareciam não perceber a distorção dos fatos nem mesmo quando o rio Tamisa congelava.
Porém, afinal, não houve mais jeito. E então sim, “as informações mudaram para os dois, para a revista
The Economist e para Lean, e os dois alteraram suas conclusões”. Aguardamos que também mudem seu apriorismo ambientalista em outras matérias.
O
The Economist procura agora fontes científicas mais reputadas que o IPCC, como o governamental Conselho de Pesquisas da Noruega.
Mas ainda se mostra claramente perturbado pelo fracasso dos modelos computacionais de percepção da realidade.
Pena que não lhes ocorra apelar para os cientistas objetivos que eles muitas vezes desqualificaram em suas páginas e que demonstram ser os mais acertados e honestos na polêmica climática.
Pelo menos,
The Economist e Lean somaram-se a um pequeno grupo de colegas que vinham se mostrando céticos face ao alarmismo.
Entre esses figuram colunistas e editores do americano
Wall Street Journal, do próprio
Telegraph no Reino Unido, da revista
Der Spiegel da Alemanha, do
The Australian da Austrália e do
National Post do Canadá.
Muitos outros jornalistas estão fazendo sua segunda leitura das pífias assertivas do IPCC, em boa parte porque a mudança no coração do
The Economist não pode passar desapercebida e nenhum jornalista quer ficar no “lado errado”.
O
“Financial Post” oferece alguns conselhos aos jornalistas que possam ler suas linhas, especialmente àqueles que não têm um background científico para se orientarem nesta mudança de clima jornalístico:
1. Todos os apavoradores cenários de aquecimento global planetário estavam baseados em modelos de computador.
2. Nenhum desses modelos funcionou.
3. Nunca houve e não está havendo consenso científico.
Os 2.500 cientistas (alguns falam de 3.000 ou 4.000) que teriam endossado as posições do IPCC, na realidade nunca endossaram nada. Eles foram apenas revisores, segundo o próprio Secretariado do IPCC.
Quanto aos “97% dos cientistas que acreditariam no aquecimento global”, tratou-se de um número tirado de uma consulta online endereçada a 10.257 especialistas. Responderam 3.146. Porém, os dois pesquisadores responsáveis desqualificaram todas as respostas, menos as de 77 “especialistas” com os quais mantinham afinidades ideológicas.
Esses 77 não tinham quase qualificações conhecidas, excetuado algum PhD ou até um com Mestrado feito. Dos 77, 75 acharam que os homens contribuem para a mudança do clima. Ali apareceram os famosos 97%.
Ainda um outro estudo concluiu que os 97% não foram produzidos por cientista algum, mas por um funcionário da Google que pesquisava nos resultados das buscas.
O diretor executivo de
Energy Probe criou uma lista em Twitter onde Geoffrey Lean, The Economist e o jornalista Oliver Morton, do próprio Economist, descrevem seu novo posicionamento.
Quando outros proeminentes jornalistas aderirem à lista de neo-céticos, serão incluídos como um meio de mensurar a evolução do clima jornalístico a respeito da mudança climática!
Essa evolução poderá religar os jornalistas com a tendência dominante na sociedade. Pois eles constituem um dos últimos grupos que acreditam maciçamente no aquecimento global como o maior dos males.
A opinião pública certamente já não acredita mais, pelo menos se analisarmos o último relatório da Pew nos EUA. As pesquisas europeias recolhem resultados similares.
O ceticismo do público – muito digno de nota considerando-se anos de anúncios de iminentes perigos veiculados pela imprensa – ajudará os jornalistas a questionarem a “ortodoxia da mudança climática”, como já fez
The Economist, encerrando o mirabolante consenso sobre o tema que ainda aquece a certa mídia.
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