O Outro Lado
Famoso cientista sueco abandona crença no aquecimento global
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O meteorologista sueco Lennart Bengtsson |
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Luis Dufaur
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O meteorologista sueco Lennart Bengtsson foi sempre um ‘cabeça fria’ no debate quente sobre o ‘aquecimento global’, observou Axel Bojanowski, colunista da revista ‘Der Spiegel’ especializado em questões ambientais.
Por isso causou arrepio nos ambientes científicos quando ele aderiu ao ‘tanque de pensamento’ britânico
Global Warming Policy Foundation (GWPF), do líder conservador Lord Nigel Lawson, empenhado em refutar os exageros aquecimentistas.
Lennart Bengtsson foi diretor do
Max Planck Institute for Meteorology de Hamburgo, um dos centros de pesquisa climática mais respeitados no mundo e mais engajado na suposição do ‘aquecimento global gerado pelo homem’.
Agora professor na Universidade de Reading, na Grã-Bretanha, Bengtsson já ganhou muitos prêmios prestigiosos, como o
Prêmio Alemão Ambientalista, outorgado pela
German Federal Environmental Foundation (DBU).Uma mudança de 180º numa inteligência tão ponderada como a de Bengtsson faz pensar duas vezes.
Entrevistado pelo ‘Der Spiegel online internacional’, ele explicou por que abandonou seu antigo posicionamento e passou direto para um dos institutos de cientistas objetivos mais ‘demonizados’.
Eis alguns trechos de sua entrevista:
SPIEGEL ONLINE: Por que o Sr. escolheu a Global Warming Policy Foundation, conhecida como cética face às mudanças climáticas?
BENGTSSON: Nós temos que explorar vias realistas para resolver os desafios dos problemas energéticos do mundo e as questões ambientais correlatas.
SPIEGEL ONLINE: O Sr. virou um cético do clima?
BENGTSSON: Eu sempre fui cético e acredito que no fundo a maioria dos cientistas também é.
SPIEGEL ONLINE: Mas o Sr. não era alarmista há 20 anos? O Sr. estava errado?
BENGTSSON: Eu não mudei no essencial. Eu nunca me considerei um alarmista, mas um cientista crítico. Eu consagrei a maioria de minha carreira ao desenvolvimento de modelos de predição do clima.
Mas é essencial validar os resultados do modelo, especialmente quando a gente trata com sistemas complexos como o clima. É essencial que isso seja bem feito para que as predições sejam críveis.
SPIEGEL ONLINE: O Sr. acha que algo deve ser feito nesse sentido?
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Não intimidado pelo clima. Para Bengtsson acreditar que nós podemos resolver os problemas futuros do clima não faz sentido |
BENGTSSON: É frustrante que a ciência do clima não tenha sido capaz de validar corretamente suas simulações. Desde o fim do século XX, o aquecimento da Terra foi muito mais fraco do que os modelos apontavam.
SPIEGEL ONLINE: Mas o relatório do IPCC discute esses problemas com pormenor.
BENGTSSON: Sim, o relatório faz isso, mas não de um modo suficientemente crítico, segundo meu ponto de vista. Ele não considera a larga defasagem entre os resultados da observação e das simulações dos modelos.
Eu não aprecio a necessidade do consenso. É importante, e eu diria essencial, que a sociedade e a comunidade política percebam que há áreas onde o consenso não existe.
Visar um modo simplista de ação numa área complexa e incompletamente compreendida como o é o sistema do clima, não faz sentido algum, na minha opinião.
SPIEGEL ONLINE: No passado, o Sr. queixou-se da forte politização na pesquisa do clima. Por que agora o Sr. aderiu a uma organização de natureza política?
BENGTSSON: Ao longo de minha vida, eu sempre fiquei fascinado com a predictibilidade e frustrado com nossa incapacidade de predizer.
Eu não acredito que faça sentido nossa geração acreditar ou pretender que nós podemos resolver os problemas do futuro, uma vez que não entendemos o que serão esses problemas.
Imagine que o Sr. está num dia do mês de maio de 1914 e tenta produzir um plano de ação para os próximos 100 anos! Dificilmente fará qualquer coisa que tenha sentido.
SPIEGEL ONLINE: O Sr. acha que temos de continuar como estamos porque as previsões são complicadas?
BENGTSSON: Não. Eu acho que a melhor e talvez a única política apropriada para o futuro é preparar a sociedade. Temos que adotar a nova ciência e as novas tecnologias de um modo mais positivo do que está sendo feito agora na Europa.
Isso inclui, por exemplo, a energia nuclear e a obtenção de alimentos geneticamente modificados para produzir o que o mundo precisa com urgência.
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