Geólogo da UnB desmitifica boatos “aquecimentistas”
O Outro Lado

Geólogo da UnB desmitifica boatos “aquecimentistas”



O Dr. Gustavo M. Baptista, professor adjunto da UnB (Universidade de Brasília), geólogo, é autor do livro “Aquecimento Global: Ciência ou Religião?”.

Ele vem de escrever o artigo “O planeta está realmente esquentando?” para a “Folha de S.Paulo” contendo oportunos esclarecimentos

O Dr. Baptista observa que em Copenhague “ironicamente, foram necessários muitos agasalhos, pois o frio de um inverno rigoroso já se anunciava.”

O geólogo prova que a tese defendida pelo IPCC de que o aquecimento é provocado pelo homem, baseia-se em três grandes pilares. E demonstra os pontos falhos de cada um.

Falhas nos cálculos da temperatura global

1º) “As séries históricas dos desvios de temperatura global, nas quais se baseia o IPCC, mostram que, nos últimos cem anos, a temperatura média do planeta aumentou 0,6, mas, ao analisarmos os dados, notamos que esse crescimento não foi constante nem linear”.


“Além disso, e mais curioso ainda, não há relação de proporcionalidade com o aumento de CO2, ou seja, não é possível, com base nessas séries históricas, afirmar que a temperatura aumentou em decorrência do aumento das emissões de dióxido de carbono”.

“Outra observação inquietante mostra que, entre 1943 e 1966, período em que o processo de urbanização se consolidava no mundo, ocorreu redução de 0,18 na temperatura global.”

“A partir de 2005, os dados de temperatura média global baseada em dados de satélites divulgados pela Universidade do Alabama Huntsville (UAH) mostram uma tendência de resfriamento global. Contrariando as previsões dos ambientalistas, o planeta viveu entre 2007 e 2009, no Hemisfério Norte, invernos bastante rigorosos, com direito a uma nevasca histórica em Washington no último mês de dezembro e a inacreditáveis 34,6 negativos na Alemanha, onde, de acordo com o Serviço Alemão de Meteorologia, o inverno está sendo classificado entre os cinco ou dez mais frios dos últimos cem anos.

Números da concentração de CO2 foram manipulados

2º) “Os outros dois pilares do aquecimento antropogênico estão relacionados à concentração de CO2 na atmosfera. Segundo os que anunciam essa pseudocatástrofe, essa concentração nunca foi tão elevada quanto agora. Será?

Essa afirmação baseia-se inicialmente nos estudos de Guy S. Callendar, que, a partir de 1938, passou a pregar a influência humana no incremento da temperatura do planeta em decorrência da queima de combustíveis fósseis. Estudos posteriores dos cientistas Fonselius, Koroleff e Wärme lançaram dúvida sobre a tese de Callendar, mostrando que, na verdade, ele teria escolhido a dedo seus dados. A manipulação teve o objetivo de estabelecer uma suposta tendência de crescimento exponencial nos índices de concentração e de desprezar concentrações superiores ao patamar eleito por ele.”

O máximo gás-estufa ‒ a água ‒ foi omitido pelo IPCC

3º) “Afirma-se que o grande vilão do aquecimento global é o homem, por sua parcela de contribuição para o efeito estufa. No entanto, 95% do efeito estufa é decorrente da concentração do vapor d'água.

“O CO2 corresponde somente a 3,6% do total.

“Mais grave ainda é que, desse percentual, o homem e suas máquinas respondem por apenas 0,1%.

“Por essa razão, o climatologista Marcel Leroux disse que "na atmosfera do IPCC não há água".


Entramos num período de resfriamento global

Conclui, o Prof. Baptista ‒ concordando com numerosos científicos de alto gabarito ‒ que “entramos recentemente numa nova fase fria do oceano Pacífico e enfrentamos um ciclo de manchas solares que tem apresentado uma atividade muito baixa. Isso deve nos levar, ao contrário do que anunciam os profetas do apocalipse climático, a um novo período de resfriamento global.

“O fato é que as temperaturas globais são reguladas por fenômenos naturais de âmbito sistêmico. A mudança do clima, para mais quente ou para mais frio, ocorrerá com ou sem o nosso consentimento. Quem viver verá!”

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