Coragem do clero de Wenzhou empolga católicos e não-católicos
O Outro Lado

Coragem do clero de Wenzhou empolga católicos e não-católicos


Mons. Vicente Weifang Zhu (centro) manifesta contra o governo comunista
Mons. Vicente Weifang Zhu (centro) manifesta contra o governo comunista.
Luis Dufaur




O bispo de Wenzhou, Dom Vicente Zhu Weifang, que caminha corajosamente para os 90 anos de idade, liderou com seus 26 sacerdotes, durante seis dias, os protestos contra as demolições de Cruzes na sua diocese, na província de Zhejiang, informou AsiaNews.

Apesar de sua idade, Dom Zhou dirigiu pessoalmente uma manifestação diante da sede do governo socialista local em defesa do símbolo máximo de Cristo e de sua Igreja.

Com seus 26 sacerdotes diocesanos jovens, ele segurava uma faixa que dizia: “Defendemos a dignidade de nossa fé; contra a demolição das Cruzes”.

Diversos sacerdotes levavam outros cartazes caseiros, se onde podia ler: “Nós nos opomos do modo mais absoluto à destruição das Cruzes”, escreveu a agência AsiaNews.

Funcionários e policiais acompanharam os manifestantes até um escritório do governo para receberem a queixa e, assim, esvaziarem o ato, que era acompanhado com simpatia pelos populares.

A notícia se espalhou rapidamente pelas redes sociais chinesas e um bom número de católicos apareceu às pressas no escritório do governo para apoiar os manifestantes.



Um deles disse: “Muitos fiéis estavam esperando para se somarem a este movimento. Manter as Cruzes é nossa responsabilidade”.

Nas missas, por iniciativa de um sacerdote, foi pedida aos fiéis a recitação diária do Terço da Divina Misericórdia, de Santa Faustina, pela preservação da fé católica e das Cruzes.

Em seguida o bispo coadjutor, Dom Pedro Shao Zhumin, publicou uma carta aberta assinada por todos os sacerdotes ditos “clandestinos”, que são perseguidos por sua fidelidade ao Papa.

Nela, eles pedem “com força que cesse a demolição das cruzes de todas as igrejas”. O coadjutor está visitando as paróquias uma após a outra, para rezar com os fiéis e pedir o fim da destruição violenta do símbolo da Redenção. Os paroquianos estão fazendo jejuns penitenciais com o mesmo objetivo.

Outro aspecto da manifestação contra a remoção forçada das cruzes.
Outro aspecto da manifestação contra a remoção forçada das cruzes.
Com o expressivo título “Brademos! Chega de ficar em silêncio!”, a carta aberta está endereçada a “todos os cidadãos e a todos os católicos da China”.

Nela eles conclamam “com força todas as paróquias da diocese a se organizarem em turnos para jejuar e rezar continuadamente, a fim de deter a demolição das Cruzes. Devemos rezar três vezes, fazendo este pedido: ‘Nossa Senhora de Sheshan’, Auxiliadora dos cristãos, rogai por nós!” e ‘Jesus, em Vós confio’”.

Nossa Senhora de Sheshan é a Padroeira, venerada espiritualmente como a Imperatriz da China.

O bispo e os sacerdotes recomendam: “Todos devemos nos confessar, participar de maneira fervorosa na Adoração Eucarística e fazer penitência por nossas famílias e paróquias”.

O bispo de Handan, província de Hebei, no norte de China, também fortemente hostilizado pelo governo socialista, não hesitou em enviar mensagem de apoio à corajosa resistência do clero de Wenzhou.

Mensagens similares chegaram de toda a China, inclusive de religiosos afins ao regime perseguidor, mas que envergonhados ou interesseiros julgam que nas circunstâncias atuais é melhor tomar distância do governo socialista.





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