O Outro Lado
Católicos chineses recusam falsa convivência com o comunismo
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Mons. Li Shan, bispo "patriótico" de Pekín age ligado ao Partido Comunista. Fiéis o consideram "traidor" ao Papa e à Igreja. |
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Luis Dufaur
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São cada vez mais numerosos os católicos pequineses que acusam o atual bispo da capital ‒ D. José Li Shan, 44 (foto) ‒ de trair a Igreja Católica e o Papa, escreveu o Pe. Bernardo Cervellera, diretor da agência AsiaNews.
Os escândalos provocados por D. José Li Shan, em verdade eram previsíveis considerando seu passado de
colaboração com a ditadura marxista.
Entretanto, um véu de pudor envolvia o nome do bispo pelo fato de ter sido ordenado em 21 de setembro de 2007 com a aprovação da Santa Sé. Mas desde que voltou a repetir o surrado slogan “amar a pátria, amar a Igreja”, que na China sempre foi interpretado como submeter a Igreja ao Partido Comunista, esse véu se desfez.
D. Li Shan voltou a denunciar as “graves interferências por parte do poder político estrangeiro [leia-se Roma] e da Igreja clandestina” [leia-se os católicos fiéis ao Papa]. D. Li atacou aqueles que “criam dificuldades tentando nos convencer a abandonar o princípio da autogestão da Igreja [i. é, a autonomia em relação à Santa Sé], nos fazendo voltar ao passado”.
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Liu Bainian,funcionário do governo, é o verdadeiro chefe da "Igreja Patriótica" subserviente do comunismo. |
O bispo de Pequim reivindica a democracia na Igreja. Quer dizer, que bispos, pastoral, teologia, opções pastorais fiquem nas mãos de uma assembleia de clero e leigos dominada pelos agentes do Partido Comunista.
Algo muito parecido com o que sempre pregaram os
progressistas no Brasil.
Enquete da agência Asia News revelou que muitos bispos oficiais ou concordatários não julgam dita dependência da Igreja Patriótica ao comunismo como “inconciliável” com a doutrina católica.
O Cardeal de Hong Kong, D. Joseph Zen Ze-kiun, fez um apelo aos bispos e padres da Igreja oficial pro-comunista para não aceitarem acordos com o regime anticristão. O apelo está no artigo
“Inspirados no martírio de Santo Estevão”. O corajoso Cardeal de Hong Kong é contraditado por missionários comuno-progressistas como o Pe. Jerome Heyndrickx.
Para este religioso
colaboracionista, a resistência ao comunismo tem que acabar, e os bispos devem se afiliar à Igreja oficial pro-comunista. O missionário manipula nesse sentido uma carta de S.S.Bento XVI à China. Porém, o cardeal Zen recusa essa interpretação.
O perigo de compromissos comuno-progressistas é grande, na ótica do Cardeal Zen. Por isso ele alertou contra as ambiguidades e os enganosos elogios de um acordo com Pequim.
E acrescentou:
“Então, o martírio teria se transformado numa estupidez?
“Isso é absurdo! Miopia! O compromisso pode ser uma estratégia provisória, mas não pode durar sempre.
“Estar unidos ao Santo Padre em secreto e ao mesmo tempo fazer parte de uma Igreja que se declara autônoma de Roma é contraditório. (...)
“Caros irmãos bispos e sacerdotes, nossos sofrimentos pela fé são a fonte da vitória, embora de momento possam parecer uma derrota”.
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