Alerta vermelho pela poluição na China. COP21 deu de ombros e socialismo comemorou o achatamento da população
Guarda na Praça Tiananmen,durante a alarme vermelha.
Luis Dufaur
Mais uma vez a cidade de Pequim, na China, atingiu sucessivos patamares de poluição altamente danosa para a saúde de dezenas de milhões de habitantes da capital comunista e cidades vizinhas.
Desta feita, a poluição desencadeou o nunca antes atingido “alerta vermelho”.
Esse é o mais grave grau na escala de periculosidade: proíbe a circulação de metade dos veículos, restringe a atividade de fábricas e de trabalhos a céu aberto, além de fechar escolas.
O Escritório de Proteção do Meio Ambiente recomendou que as pessoas utilizassem máscaras ou outras medidas de proteção.
A poluição recorde de uma imensa área em volta de Pequim não é nova, pois o governo comunista chinês apela para métodos primitivos maciços para aumentar a produção, visando à hegemonia econômica comunista mundial.
O alerta estava em laranja, o segundo mais crítico, até que tocou o vermelho, ou a poluição de pesadelo.
Na Internet, a população se manifestou furiosa porque o governo não havia elevado o alerta antes, pois segunda toda evidência a situação era insuportável.
Mas o regime quer explorar o trabalho dos cidadãos custe o que custar, ainda que destrua a saúde e a vida de milhões.
Na COP21 em Paris, o governo chinês liderou – aliás, com o Brasil – os insinceros esforços para limitar a emissão de gases estufa. Ele pôs a culpa de males (por certo, fictícios), nos países “ricos” e bancou de herói do “ecologicamente correto”.
Tampouco se importaram com o drama climático de Pequim as dezenas de milhares de especialistas do clima reunidos em Paris para tentar pôr uma cangalha no progresso.
As medições de material particulado fino na capital chinesa apontaram 206 microgramas por metro cúbico, segundo a embaixada dos EUA. Os aparelhos do governo só registraram 187.
Visibilidade ia até 200 metros na capital de um país 'herói' na luta contra o CO2 produzido pelos 'ricos capitalistas'
Em 1º de dezembro de 2015, os registros atingiram a casa de 600 microgramas por metro cúbico, o equivalente a 35 vezes o máximo tolerável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), fixado em 25 microgramas por metro cúbico.
A poluição na capital do maoismo pouco tem a ver com a que nós conhecemos nas nossas mais poluídas grandes capitais.
Ela constitui uma nuvem que nos invernos pode durar mais de três dias, impedindo a visão na rua.
Segundo o canal oficial CCTV, em alguns locais da cidade a visibilidade foi de apenas 200 metros durante o final de semana.
A China é o maior poluidor do mundo. Além do mais, em 2013 ela emitiu quase o dobro da quantidade de dióxido de carbono (CO2) dos EUA e 2,5 vezes mais que de toda a União Europeia.
Mas a 21ª Conferência do Clima (COP-21), que se realizava em Paris nos mesmos dias, com toda a confraria do fanatismo verde presente, deu de ombros.
O absurdo tem por trás um fundo ideológico menos conhecido.
A propaganda comunista martela inclementemente que “o pai é nosso próximo, a mãe é nosso próximo, mas ninguém é tão próximo de nós como o presidente Mao”, fundador do comunismo chinês que matou mais de cem milhões de pessoas.
O mesmo regime concebeu uma propaganda para convencer os sofridos chineses que a elevada poluição é algo muito bom para o socialismo porque serve para igualar os cidadãos.
Se o leitor quiser ver, prepare-se para ler slogans que são verdadeiras obras-primas de “um deliberado exercício de pensamento duplo” como na novela sobe a tirania universal de George Orwell.
Por baixo da nuvem cinza moram centenas de milhões de chineses. Foto do Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer da NASA em dezembro 2015.
Mas leve em consideração o imenso dano que estão sofrendo centenas de milhões de chineses em suas imensas cidades-fábrica ou cidades-prisão.
Eis a tábua dos “Mandamentos” comunistas que “comemoram os ‘benefícios’ da poluição” (sic), segundo noticiou o jornal chinês “The Epoch Times”.
Eles foram difundidos pela China Central Television (CCTV), a grande rede de TV estatal:
1) A poluição unifica o povo chinês, fornecendo-lhe um problema universal do qual todos podem se queixar.
2) Ela nivela a população, pois ricos e pobres ficam vulneráveis.
3) Aumenta a consciência da rapidez do progresso nacional e de seu custo.
4) Facilita o bom humor, estimulando gracejos relacionados com a intoxicação do ar.
5) Educa o povo, obrigando-o a consultar dados da meteorologia, da geografia, da física, da química e da história.
O Global Times, jornal do governo, elogiou a poluição do ar porque dá à China uma vantagem militar: os satélites estrangeiros não conseguem ver o que há sobre a superfície do país.
A gente ri para não chorar, especialmente pelo flagelado povo chinês, cujas crianças ficam com toda sua vida comprometida por causa desse ar tóxico, as famílias que vão se envenenado pouco a pouco, encurtando dramaticamente a sua existência.
Em outras capitais – infelizmente o Vaticano entrou na lista – trabalha-se para nos empurrar para lá, enquanto não chegar o tempo de nos jogar na taba indígena, apresentada por esses utopistas igualitários como modelo da sociedade futura onde tudo será em comum.
Alerta vermelho em Pequim devido a novos picos de poluição
- Dramas Ocultos Por Trás Da Modernidade Da Olimpíada De Pequim
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