Se for pelo petróleo, o Apocalipse ainda demora séculos
O Outro Lado

Se for pelo petróleo, o Apocalipse ainda demora séculos


Exploração na jazida da Marcellus Formation, Pennsylvania
Por volta de 2017, os Estados Unidos tornar-se-ão o primeiro produtor mundial de petróleo, superando a Arábia Saudita e a Rússia.

A informação está contida no relatório anual da Agencia Internacional de Energia – AIE, a maior autoridade mundial na matéria.

Habitualmente, estas mudanças demoram mais tempo – explicou a AIE.

Mas a extraordinária expansão da exploração do gás e do petróleo de xisto nos EUA, somada ao susto provocado pela velha central nuclear japonesa de Fukushima, aceleraram os trabalhos.

Fatih Birol, economista chefe da AIE, explicou que os EUA são hoje os maiores importadores de petróleo do Meio-Oriente.

Porém, “daqui a dez anos essas importações ficarão reduzidas a praticamente zero!”.


Exploração nos EUA
“As consequências se farão sentir na política exterior americana e nas relações internacionais”, disse Birol ao “Le Figaro” de Paris.

Já em 2025, as importações petrolíferas dos EUA se reduzirão a perto de 4 milhões de barris por dia, em lugar dos 10 milhões diários de hoje.



Leia também: Nova jazida americana de petróleo é o dobro de todas as reservas da OPEP


Segundo Fatih Birol, 55% dessa queda serão devidos à extração de combustíveis fósseis pela técnica da fragmentação hidráulica.

Método de fragmentação hidráulica
Esta técnica, que torna aproveitáveis as jazidas, deixa histéricos os radicais do ambientalismo.

A restante redução de 45% no consumo de combustíveis obedecerá às melhorias e à economia que estão sendo introduzidas nos motores, outro fator que os pregadores do apocalipse energético parecem não ter tomado conhecimento.

No mercado do gás, os EUA serão os maiores exportadores por volta de 2020.



O gás de xisto representará a metade do crescimento da produção de gás mundial.

Outra consequência será que nos EUA o preço da eletricidade ficará competitivo dentro de dez anos.

Segundo a AIE, o preço do quilowatt/hora na Europa será 50% mais caro que nos EUA, “sobretudo por causa das despesas europeias com subsídios às energias renováveis”.

Os preços da energia na Europa ficarão 300% mais caros do que na China.

Enquanto não houver progressos substanciais, as opções de energia eólica e solar não estão demonstrando ser a panaceia anunciada.

Elas, de momento, são excessivamente caras e de uma capacidade inflacionada pela utopia “verde”.

Jazidas de gás e petróleo de xisto no mundo. Fonte EIA
“Isso terá efeitos na competitividade das indústrias e no poder de compra dos lares”, acrescentou Birol.

É claro que os militantes verdes tentarão todo o possível para sabotar a exploração do gás e do petróleo de xisto que aparecem como salvação, dando novo impulso ao progresso da civilização ocidental.






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