O Outro Lado
São Domingos de Gusmão pregador da Cruzada contra os cátaros (1)
São Domingos de Gusmão nasceu em Caleruega, Espanha, e foi o inspirador de uma cruzada contra os hereges cátaros, ou albigenses, do sul da França, no século XIII.
Os albigenses negavam todas as verdades da doutrina católica. Porém, à maneira dos progressistas dos nossos dias, eles ocultavam os erros que professavam.
No fundo eram panteístas, tendentes ao culto do demônio. Porém, eles se fingiam de católicos e negavam que fossem hereges.
Quando denunciados, eles diziam que os Papas eram injustos com eles, porque eles observavam a verdadeira doutrina.
Para convencer esses cátaros de que estavam errados a Providência suscitou um homem inteiramente excepcional que foi São Domingos de Gusmão.
A Providência velou com um zelo muito especial sobre São Domingos. Quando ele estava para nascer, a mãe dele teve uma visão de um cachorrinho andando e levando na boca uma tocha.
Era exatamente o prenúncio do filho dela que haveria de ser como um cão, símbolo da fidelidade, levando na boca uma tocha que era o símbolo do zelo por Deus, e, portanto, pela Igreja, e pela luta contra os inimigos de Deus.
São Domingos era um excelente pregador, dotado de uma lógica extraordinária, de uma virtude imensa. Ele arrebatava todas as almas retas, pela sua virtude e pelo valor de sua lógica.
Por causa disso atraía muitas pessoas. Formou uma ordem religiosa que veio a ser a Ordem Dominicana, hoje tão tristíssimamente decadente. O que diria São Domingos se ele ressuscitasse e aparecesse diante de seus pobres filhos espirituais hoje?
Essa ordem religiosa começou a atrair tanta gente que não podia recebê-los todos. São Domingos formou uma Ordem Segunda para mulheres e uma Ordem Terceira para os que queriam entrar, mas não podiam porque eram alguns casados, ou número de pessoas era excessivo.
Ele determinou, assim, uma corrente de piedade e de zelo católico enorme nas próprias regiões onde estavam os hereges.
De outro lado, os hereges não se rendiam e começaram a debicar dele, a ridicularizá-lo. Eles atacavam nas ruas São Domingos, procuravam pôr pedaços de palha nas costas dele, que com certeza tinha algum significado ridículo naquela região e naquele tempo.
Jogavam contra ele lama e até excrementos imundos, para humilhá-lo. Os pregadores suscitados por ele, por toda parte discutiam com os cátaros; sempre na mansidão, na correção, e sempre na força da lógica.
Mas os hereges se tornaram tão agressivos até fisicamente, tentando matar São Domingos e seus companheiros, que se viu que ou era preciso eles se defenderem, ou então a pregação se tornava impossível.
Então houve um episódio lindo do bispo de Osma, o venerável D. Diego de Acebes, que começa a discutir com um deles, e que vê que eles não se entregam diante de nenhum argumento. O bispo vê, de outro lado, a crueldade e a maldade deles, levanta os braços e pede aos céus o castigo para eles.
Foi um gesto profético que anunciava o movimento do Espírito Santo para se constituir uma Cruzada de legítima defesa contra os cátaros.
continua no próximo post
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