Pastel de carne de cachorro em loja de escravos chineses no Rio
O Outro Lado

Pastel de carne de cachorro em loja de escravos chineses no Rio


Pastelaria em Parada de Lucas servia carne de cachorro aos clientes. (Foto Divulgação - MPT)
Pastelaria em Parada de Lucas servia carne de cachorro aos clientes.
(Foto Divulgação - MPT)
Luis Dufaur




O Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga uma máfia chinesa de trabalho escravo que opera em pastelarias no Rio de Janeiro, envolvendo pelo menos cinco vítimas de nacionalidade chinesa.

De acordo com o procurador do trabalho Marcelo José Fernandes da Silva, os chineses foram seduzidos por propostas de emprego.

“Eles vêm atraídos por falsas promessas de bom trabalho e salário, mas, chegando ao local, acabam trabalhando em jornada exaustiva, sem recebimento de salários e direitos trabalhistas e ainda têm o passaporte retido”, disse o procurador.

Num dos casos apurados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), a vítima era submetida a severos castigos físicos.


Na pastelaria foram encontrados congelados cachorros que teriam sido mortos a pauladas e cuja carne se destinaria ao preparo de pastéis, segundo divulgou o site G1.

Os animais foram encontrados congelados dentro de caixas de isopor, nos fundos da pastelaria.

Cachorros encontrados congelados nos fundos da pastelaria (Foto Divulgação - MPT)
Cachorros encontrados congelados nos fundos da pastelaria.
(Foto Divulgação - MPT)
“Tinha muita carne estragada. O cheiro daquele lugar era insuportável”, contou a procuradora Guadalupe Louro Couto.

O primeiro caso chegou ao conhecimento do MPT há dois anos, quando um rapaz foi hospitalizado com queimaduras no corpo.

Além de ser obrigado a trabalhar sem remuneração, ele era alvo de castigos diários e jornada de trabalho exaustiva em uma pastelaria da Parada de Lucas.

“Ele levava coronhadas e apanhava todos os dias. Os vizinhos ouviam os gritos, mas como não era de socorro, não sabiam do que se tratava. Um dia o patrão jogou uma panela quente nas costas dele. A vizinhança chamou a polícia, e o menino foi hospitalizado”, disse a procuradora.

O rapaz trabalhava das 5h às 23h em condições de serviço degradantes e cuidava de toda a produção da pastelaria. Quando demonstrava exaustão, era submetido aos castigos. De acordo com a procuradora, o local onde o chinês foi encontrado é assustador.

O MPT acha que há uma quadrilha responsável pela vinda desses chineses para o Brasil.

Vítima era trancada em estabelecimento e  trabalhava de 5h às 23h  (Foto Divulgação-MPT).
Vítima era trancada em estabelecimento e  trabalhava de 5h às 23h.
(Foto Divulgação-MPT).
De acordo com o Ministério Público, os chineses eram pegos no aeroporto e levados para as pastelarias, onde não tinham contato com outras pessoas.

Em um dos casos, a vítima é um menor de idade, que permanece no Brasil e não deve ser mandado de volta à China. “A gente não sabe como isso funciona, e ele pode correr risco de morte”, disse Guadalupe.

“Além de não falar nossa língua, eles ainda tinham os documentos apreendidos. Eles entram no aeroporto como turistas, ali alguém os apanha e são levados para as pastelarias”, afirmou a procuradora.

Esses métodos inumanos de trabalho e de baixa alimentação são comuns na China. Na verdade, está na essência do regime socialista, que os aplica com variantes em todo o país.

Quanto à repugnante carne de cachorro, na China ela é cobiçada iguaria...





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