Ditadura chinesa enfurecida contra bispo fiel que usou anel e barrete
O Outro Lado

Ditadura chinesa enfurecida contra bispo fiel que usou anel e barrete


Mons José Martin Wu Qinjing bispo de Zhouzhi, província de Shaanxi
Luis Dufaur




O Bispo de Zhouzi, Dom Wu Qinjing, foi sagrado com a aprovação da Santa Sé, mas não foi reconhecido pela Associação Patriótica Católica Chinesa, ou Igreja Cismática, que recusa a autoridade do Papa, como divulgou a agência ACIDigital.

Agora, em um ato público na catedral de sua diocese, o bispo desafiou as autoridades socialistas usando o barrete e o anel que lhe cabe como sucessor dos Apóstolos.

O governo comunista entende bem o efeito religioso que os símbolos da vestimenta clerical – batina, faixa, anel e barrete – exercem sobre os fiéis e os proíbe em lugares públicos. A repressão pode levar à prisão.

Conforme o jornal oficial South China Morning Post, Dom Wu celebrou a Missa com os paramentos sacerdotais, barrete roxo e anel, próprios à sua condição.



Tratou-se da inauguração de uma nova cruz na catedral de Zhouzhi, outro símbolo que enlouquece o socialismo. O gesto foi encarado como uma afronta às autoridades do país, que proibiram o uso das vestimentas e dos símbolos episcopais.

Dom Wu foi sagrado bispo de Zhouzhi, na província do Shaanxi, pelo antigo bispo de Xian, Dom Anthony Li Duan, em outubro do ano passado.

Religiosas na sagração de Mons José Zhang Yinlin, novo bispo coadjutor de Anyang. O bispo foi aprovado pela Santa Sé e o regime tenta composições pouco claras nas regiões de forte presença católica. Malgrado a confusão, o catolicismo não deixa de progredir.
Religiosas na sagração de Mons José Zhang Yinlin, novo bispo coadjutor de Anyang.
O bispo foi aprovado pela Santa Sé e o regime tenta composições pouco claras
nas regiões de forte presença católica.
Malgrado a confusão, o catolicismo não deixa de progredir.
No contexto da perseguição que sofre a Igreja Católica, sua sagração ficou em segredo até pouco antes do falecimento de Dom Li Duan.

O jornal comunista assinala também que vários candidatos do Partido e da Associação Patriótica Católica Chinesa estão desejosos de usurpar as dioceses vacantes, mas o jeito dado em Zhouzhi os deixou frustrados e amargurados.

A ameaça de usurpação é especialmente grave nas dioceses de Hubei, Hebei e Mongólia Interior, onde bispos poderão ter sagração sacrílega nos próximos meses, sem a aprovação da Santa Sé.

“Muitas dioceses na China estão sem bispo. Não podemos esperar que as relações com o Vaticano melhorem para preenchê-las”, declarou a EFE o militante do Partido Comunista Liu Bainian, vice-presidente da Associação Patriótica que comanda as violências contra os direitos da Igreja.

A diplomacia vaticana dá sinais de preferência pelo governo socialista, mas o Direito Canônico diz que só o Papa pode nomear bispos. A norma tradicional prejudica a política de aproximação do Vaticano com Pequim.

A Associação Patriótica Chinesa desrespeita as leis da Igreja e já procedeu a sagrações ilícitas. Nesses casos a pena de excomunhão é imediata, recaindo sobre ordenados e ordenantes.

Os vínculos diplomáticos entre a China e o Vaticano foram quebrados em 1951 pela chegada dos comunistas ao poder. Eles expulsaram os religiosos estrangeiros e passaram a exigir dos cristãos que acatassem somente o Partido Comunista.

Milhões de católicos se recusaram a obedecer e resistem às injunções da ditadura socialista. Está aberta uma época de martírio de bispos, padres e leigos, cujo heroísmo constitui uma esperança da promessa do triunfo do catolicismo nesse imenso país asiático.

Diante do crescimento do catolicismo, e do cristianismo em geral, o governo comunista ora tenta a via da violência, ora tenta composições suspeitas quando encontra eclesiásticos dispostos a se submeterem e colaborar com o inimigo de Cristo.





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