O Outro Lado
Cruzadas contra os pagãos do Báltico e do mundo eslavo
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Luis Dufaur
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Todas as forças da Europa não foram dirigidas contra a Ásia.
Vários pregadores, autorizados pela Santa Sé, tinham exortado os habitantes da Saxônia e da Dinamarca a tomar as armas contra alguns povos do Báltico, ainda mergulhados nas trevas do paganismo (anos 1145-1149).
Essa expedição tinha como chefe Henrique da Saxônia, vários outros príncipes, um grande número de bispos e de arcebispos.
Um exército composto de cento e cinquenta mil cruzados atacou a nação bárbara e selvagem dos eslavos, que devastavam as costas marítimas e o país dos cristãos.
Os guerreiros levavam sobre o peito uma cruz vermelha, abaixo da qual estava uma figura redonda, imagem e símbolo da terra, que devia ser submetida às leis de Jesus Cristo.
Os pregadores do Evangelho acompanhavam-nos na marcha e os exortavam a ampliar com seus feitos os limites da Europa cristã.
Os cruzados incendiaram vários templos de ídolos e destruíram a cidade de Mahclon onde os padres do paganismo costumavam reunir-se.
Nessa guerra santa os saxões trataram um povo pagão como Carlos Magno tinha tratado seus antepassados.
Mas não puderam submeter os eslavos. Depois de uma luta de três anos, os cruzados da Saxônia e da Dinamarca cansaram-se de perseguir um inimigo defendido pelo mar e principalmente pelo desespero.
Fizeram propostas de paz; os eslavos por seu lado prometeram converter-se ao cristianismo e respeitar as cidades e os países em que os cristãos habitavam, mas só faziam essas promessas para desarmar seus inimigos.
Depois de restabelecida a paz eles voltaram aos seus ídolos, e recomeçaram a vida de salteadores.
(Autor: Joseph-François Michaud, “História das Cruzadas”, vol. II, Editora das Américas, São Paulo, 1956. LIVRO SEXTO. Tradução brasileira do Pe. Vicente Pedroso, páginas 312-316)
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