O australiano Reece Harding (direita) faleceu combatendo contra o Estado Islâmico na Síria.
Luis Dufaur
Magro, alto, com barba, terno preto, cabelo impecavelmente penteado, Matthew VanDyke deixou os EUA para ir organizar um exército de cristãos no Iraque e combater o Estado Islâmico.
E se tudo correr bem seguirá para a Líbia e a Nigéria. Ele diz ter também pedidos provenientes do Paquistão e das Filipinas.
Em 2015 VanDyke treinou por volta de 400 cristãos iraquianos para combater o IS (Estado Islâmico, siglas em inglês). Em janeiro e fevereiro foram por volta de 330. Todos eles são membros da Unidade de Proteção da Planície de Nínive (NPU, em inglês). Ele pretende criar “a melhor força de infantaria do Iraque”, escreveu o jornal El Mundo, de Madri.
Junto com VanDyke trabalham três tenentes-coronéis e pelo menos um Boina Verde dos EUA. Sua organização já recebeu centenas de candidaturas de voluntários ocidentais que querem ir lutar contra os fanáticos islâmicos no Iraque. Ele aceita apenas uma mínima parte.
VanDyke aguarda uma licença do Departamento de Estado dos EUA para que sua organização Filhos da Liberdade Internacional – SOLI possa operar no Iraque como empresa privada de segurança.
Ele também quer expandir suas atividades a outras milícias cristãs capazes de operações ofensivas, algo a que não estão acostumadas devido à sua tradição defensiva.
Milícias cristãs anti-ISIS na aldeia cristã de Bakufa, norte de Mosul.
O SOLI recolhe donativos de mais de 20 países, mas a imensa maioria vem da comunidade cristã americana.
VanDyke se define como “cristão” e declara “afinidade com outros cristãos”, mas nega ser determinado pela religião.
“A razão pela qual me engajei é achar uma solução para o problema do Estado Islâmico. Durante anos eu vi o fracasso da comunidade internacional na Síria e, pelo contrário, testemunhei como na Líbia foi suficiente uma intervenção muito modesta da OTAN para melhorar as coisas”.
Ele é um aventureiro que tirou um Master de Relações Internacionais na Universidade de Georgetown antes de partir de moto de Madri até o Afeganistão.
Ele quer salvar a comunidade cristã do extermínio. Porém, deplora a moleza e a falta de reatividade do Ocidente. “Hoje o pessoal não se mobiliza. Ficamos convencidos de que com um ‘curti’ no Facebook já é suficiente para mudar as coisas”.
Na Austrália, o jovem Reece Harding, 23, recebeu enterro de herói após falecer na Síria combatendo contra o Estado Islâmico.
A família ficou muito emocionada com a adesão popular e pediu ao governo australiano que se engaje mais pelos sírios que defendem sua pátria, informou o jornal The Australian.
Reece foi o segundo australiano que morreu combatendo os fanáticos maometanos na Síria. O outro foi o reservista Ashley Johnston.
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