Canibalismo na China hoje, direito humano amanhã?
O Outro Lado

Canibalismo na China hoje, direito humano amanhã?


As cápsulas pegas pela polícia da Coréia do Sul

A China deu a partida a uma série de notícias recentes sobre repugnantes fatos de canibalismo, não apenas entre pagãos incultos, mas entre ocidentais ex-cristãos.

De início, a polícia da Coréia do Sul interceptou carregamentos de cápsulas com aparência de medicamentos, contendo carne humana seca, verossimilmente de fetos, proveniente do gigante socialista. Seu destino provável era alimentar o mercado de afrodisíacos...

A China negou a denúncia, mas logo depois a polícia deteve Zhang Yongming, 56, na província de Yunnan, suspeito de ter assassinado e decepado 20 jovens. Ele vendia depois os horrendos “cortes” como “carne de avestruz”, entregando os restos aos cachorros. As macabras revelações vieram à luz na imprensa de Hong-Kong.



A imprensa oficial e a Internet da China nada disseram. Mas, segundo a revista francesa “Le Point”, o silêncio se deveu à pesada censura do governo, que caiu também sobre esse assunto.

Qualquer procura pelas palavras “Yunnan” ou “desaparecidos” não forneciam resultado algum, por causa da “Muralha de fogo” da censura.

“Zhang Yongming é um monstruo caníbal”, diziam os moradores de sua cidade. Alguns diziam ter visto sacos de plástico verde pendurados na casa do criminoso, onde podiam se perceber ossos humanos.

Segundo o jornal “The Standard”, de Hong-Kong, a polícia descobriu na casa de Zhang dezenas de glóbulos oculares conservados em garrafas de licor e, pendurados, pedaços de carne humana secando.

Zhang Yongming
O canibalismo é um tema sensível na China, por ter sido muito praticado durante o Grande Salto Adiante de Mao Tse Tung, nos anos 50. Na ocasião, a reforma agrária e a industrialização forçada causaram dezenas de milhões de mortes por fome. E, no desespero, essa prática atroz se generalizou.

Mas não foi só o desespero. Em certos casos o “canibalismo político” de inimigos da revolução comunista foi exigido como prova de fidelidade e adesão ao regime marxista durante a Revolução Cultural dos anos 1966-1976, acrescentou “Le Point”.

O Instituto pela Unificação Nacional – KINU, da Coreia do Sul, expôs em seu Livro Branco sobre os Direitos do Homem na Coreia do Norte a existência de tão horríveis práticas nesse genuíno satélite da China.

O Instituto baseia suas conclusões num aprofundado inquérito realizado em 2011, que recolheu o testemunho de 230 fugitivos da Coreia comunista. Entre 2006 e 2011, foram apurados pelo menos três casos de execuções públicas com a finalidade de obter carne para o canibalismo. Os refugiados e testemunhas falaram da venda de carne humana em mercados fingindo ser carne de ovelha.

O relatório cita casos de pais de família que mataram seus filhos para usá-los como alimento. Em 2011, a missão Caleb, realizada por missionários sul-coreanos, obteve documento da polícia norte-coreana de 2009, dando a entender que a prática estava muito mais estendida do que se supunha numa população que vive na penúria alimentar extrema.

De acordo como o Programa Alimentar Mundial – PAM da ONU, em 2011 cerca de seis milhões de norte-coreanos estavam gravemente ameaçados pela fome. No outono de 2011, ONGs que mantêm contato com redes de opositores obtiveram dados que confirmam esses panoramas autenticamente socialistas.

Os próprios membros do exército roubam aos civis suas magras “bolsas” para se alimentarem, informou o “Daily HK” site da Coreia do Sul.

O diário parisiense “Le Figaro” acrescentou que a ONG Citizens Alliance for North Korean Human Rights – NKHR recolheu outros testemunhos de fatos análogos acontecidos em situações de fome enlouquecedora.

No caso de um homem que devorou a própria filha “a população tinha pena dele, porque a fome te deixa louco, ela te transforma num animal”, explicou Kim Eun-sun, que era criança na época e lembra do homem fora de si. Kim conseguiu fugir e estuda hoje em Seul, mas seu pai foi morto pela fome.

O que não são explicáveis pela fome são os recentes casos de canibalismo acontecidos nos EUA e na Europa. O mais clamoroso deles aconteceu em Miami, onde um drogado nu devorava embaixo de uma ponte outro homem nu e inconsciente, porém vivo.

O canibal não reagiu à ordem da polícia, que só pôs fim ao atentado matando o drogado na hora em que ele devorava um olho da vítima. Esta foi levada ao hospital com 80% do rosto danificado.

Entrementes, o canibalismo se anuncia como uma nova fronteira a ser conquistada pelos “direitos humanos”. Alguns antropólogos encerrados em suas bibliotecas dos EUA e da Europa defendem a prática quando acontece no contexto de uma “cultura tradicional”, leia-se indígena.

Alguns outros, em entrevistas ou artigos acadêmicos, avançam a teoria de o canibalismo ser válido se consentido pela vítima. O caso do canibal de Kassel, na Alemanha – que acabou sendo libertado pela justiça –deu pano para a manga na discussão dessa monstruosa teoria.

A referida teoria faz também fugazes aparições em desenvolvimentos ambientalistas radicais que falam de uma Terra cujos recursos naturais estão esgotados e cuja população seria super-excessiva, devendo ser drasticamente reduzida para garantir o futuro do planeta.

A entrada e o desenvolvimento de um “novo direito humano” costumam seguir um percurso bastante definido. Após seus teorizadores falarem muito dele nas nuvens, é a vez de a mídia espalhar, em sucessivas ondas, fatos que sugerem que a chocante prática está mais generalizada do que se pensa.

Por fim, grupelhos radicais de “direitos humanos” começam a reclamar o reconhecimento da prática abominável apenas em certos casos.

E os “certos casos” depois vão crescendo em extensão até o momento em que os propagandistas do “novo direito humano” acham que a opinião pública já está bastante “amaciada” para aceitar a aberração.

Chega então o momento de os órgãos da ONU, do Parlamento Europeu e dos PNDHXYZ assumirem a nova bandeira. O resto da história, já conhecemos...




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